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Depois de 26 grupos de 365 ou 364 dias, ele virou: Um apaixonado por música, áudio, estúdios e afins... Um fã de Dream Theater, Metallica e diversas outras bandas, gêneros, músicos... Quer saber mais? Compre uma cerveja e leve-o para uma conversa.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Fim de Tucacas com confusão e preparativos para la Isla da Margarita!

01 de janeiro de 2011
Primeiro dia do ano. Acordo super feliz e disposta. Quando abro a porta, a decepção: o tempo mega FECHADO, chuva, chuva, chuva e nenhuma esperança de o tempo abrir. Tomamos café e todos estavam chateados com o sol que nos abandonou quando mais precisávamos dele. Estamos, mais uma vez, presos na pousada. Hugo quis deitar mais um pouco e voltamos para o quarto. Acompanhamos a posse da Dilma e tudo... até que eis que surge Gorge: “HUGO, MARIANA, VAMOS, VAMOS, VENGAN QUEDAR CON NOSOTROS”. E fomos. Passamos o dia bebendo, comendo chucheria (biscoitos) e ensinando/jogando poker com o pessoal. Por incrível que pareça mesmo estando numa cidade horrível, presos naquela pousada em construção, com uma chuva intermitente, o dia foi ótimo na companhia daquelas pessoas – com direito a altos barracos da Daimi por causa de inúmeros problemas que havia no seu quarto (desde o sumiço do controle remoto da televisão até a inundação do mesmo com a chuva). De tarde saímos para comer alguma coisa e paramos numa barraquinha onde vendia comida “asquerosa”, como se diz aqui, que é o nosso famoso podrão. Comemos sanduiches enormes regados ao molho barbecue e entre uma mordida e outra ríamos de tudo.
Voltamos à pousada, jogamos mais, bebemos mais, jantamos e assim foi até à noite, quando fomos dormir com a esperança que o sol aparecesse no dia seguinte.



02 de janeiro de 2011
Mais um dia de chuva. Acordamos decididos a ir embora se estivesse chovendo e assim foi. Tomamos café-da-manhã com o pessoal que disse que nos apoiaria no barraco que vislumbrávamos no horizonte, pois a Pousada ia ter que nos ressarcir do passeio que não fizemos no dia 01 e do restante dos serviços que pagamos e que não seriam prestados.
Queríamos ir embora porque o Estado de Falcon onde estávamos, foi um dos mais afetados pelas chuvas. Se viesse outra tormenta, não queria estar lá para ver as conseqüências e, além do mais, já tínhamos conhecido a cereja do bolo de Morrocoy que era Cayo Sombrero. Desta forma, ganharíamos mais um dia em Margarita, nosso próximo destino. Gorge e Yulia também iam embora e pegaríamos uma carona com eles até Maracay, para depois seguir para Caracas.
No café, o sol ameaçou aparecer em meio as nuvens cinzas carregadas. O pessoal da pousada acabou decidindo arriscar ir para praia. O Hugo estava mega pessimista com a empreitada, mas acabou cedendo e decidimos fazer o passeio e ir embora na volta com Gorge e Yulia (chegando em Caracas à noite).
Trocamos de roupa e fizemos um ratatá no aluguel do barco. Como já tínhamos pago ao Carlos o passeio por três dias, o pessoal ao invés de pagá-lo pelo passeio, nos ressarciu uma parte do que tínhamos pagado. Depois de centenas de milhares de cálculos, acertamos um valor e teríamos um prejuízo de BsF50, além da estadia. Hugo, é claro, não ia deixar isso barato. Antes de sair para o passeio, quis deixar claro para Grisel – a funcionária responsável pela pousada – que eu ia querer o dinheiro de uma diária de volta e os BsF50 que faltavam do pacote dos passeios. Detalhe: o Hugo me fez insistir por essa diária, mas na verdade, quando fizemos o check in, a Grisel se enganou e nós pagamos apenas 3 diárias para ficamos 4 noites. Insisti pela diária porque tivemos vários problemas com a pousada, aliás, não apenas nós, mas as outras 6 pessoas que conhecemos também tiveram problemas vários. Além do mais, aquela história do dia 31 que “não devolvemos dinheiro” ainda não tinha descido na minha garganta. Então, agora eles iam ver o que acontece quando tentam dar de malandro para cima de “brasileiro”.
Grisel, mais uma vez, veio me falar da impossibilidade de devolver dinheiro porque não o tinha em mãos naquele momento. Disse que se tivesse, “sem dúvida nos devolveria”. A-H-A-M. Peguei o telefone e liguei para o dono da pousada para que ele solucionasse o caso de alguma maneira. Comecei a discutir com ele pelo telefone e o SAFADO me veio com essa que “não se devolve dinheiro”. Comecei a descacar tudo o que tinha acontecido ao longo de nossa estadia, que isso era um absurdo, que as pessoas só recebem dinheiro por um serviço que é feito. Isso tudo aos berros no meio do pátio da pousada que já estava lotada com a chegada de outras pessoas no dia 01 e 02. O SAFADO do dono da pousada, simplesmente, insistiu que não devolveria o dinheiro e, no final, bateu o telefone na minha cara. SIM, SR. BATEU O TELEFONE NA MINHA CARA, aquele miserável. Desliguei o celular incrédula com aquela situação e decidida a acabar com a reputação daquela pousada. Por falar nisso, pessoal, lembrem-se, POUSADA D’ALEXIS, em Tucacas, NÃO VÃO PARA LÁ JAMAIS. Aliás, NÃO VÃO PARA TUCACAS, se quiserem ir para Morrocoy. Vão para Chichiriviche. Voltando ao barraco, quando comecei a berrar que aquele miserável tinha batido o telefone na minha cara, não agüentei e comecei a chorar. E chorava e gritava e chorara e gritava. Um barraco MONSTRUOSO. Mais uma vez: no meio do pátio da pousada, com todos os demais hospedes vendo. Daimi apoiou o barraco e falou umas poucas e boas para os funcionários de lá também. Disse que era um absurdo tratar qualquer turista desta forma, mas sobretudo um turista estrangeiro porque quando ele voltasse para o país dele, não falaria da pousada, mas falaria dos “venezuelanos” e que nesse caso estaria ofendendo a ela também. Então, que a pousada era responsável pelo depreciamento do país e por aí vai. Depois de muito bate-boca um funcionário da pousada se mobilizou e tirou do próprio bolso os BsF250. Chutamos o balde do passeio daquele dia. Ah sim, no meio desse bate-boca, o Hugo xingava e gritava em português com todo mundo, já que não sabia ainda falar espanhol tão bem. Agora que já tínhamos os BsF250, faltava o Carlos devolver os BsF150 que faltavam do pacote do passeio. Ele disse que ia levar o pessoal na praia e ir ao banco pegar o dinheiro que faltava. Trocamos de roupa mais uma vez e ficamos esperando o Carlos voltar com os nossos BsF100. Conforme o prometido, ele pegou o dinheiro e nos devolveu. Ufa... esse foi o dinheiro mais suado que eu já vi.
No final, acabamos sendo ressarcidos pela máscara perdida em Choroní. Grisel ainda tentou fazer uma chantagem emocional dizendo que ficou horrorizada com o que o chefe dela tinha feito e que tinha tirado esse dinheiro do salário dela (que era pouco), mas ainda assim, continuamos firmes em nossa decisão. Depois, ela que se entenda com o chefe dela. Disse que era uma situação absurda e que ela deveria chorar com o chefe dela isso e não comigo (mas falei isso com gentileza).
O pessoal todo foi pra praia e nós para a estrada pegar o ônibus de volta para Caracas. No meio do caminho abriu maior solzão a ponto de ficarmos todos suados. Bateu uma dorzinha no peito de não ter ido ao passeio, mas o orgulho falou mais alto. Não íamos ficar mais nenhum minuto na pousada daquele miserável Alex. O sol também durou pouco. Quando subimos na caminhoneta para voltar para Valencia, a chuva já havia voltado novamente.
Mais 5h de viagem: Tucacas-Valencia-Caracas. Chegamos no terminal La Bandera em Caracas às 17h. Fica numa região meio sinistra, meio perigosa e acabou sendo melhor mesmo sairmos mais cedo e chegarmos lá com o sol ainda nos fazendo companhia. Además, tínhamos que caminhar um trechinho até chegar ao metrô e este trechinho é meio perigoso, mas deu tudo certo. Fomos com uma gentil sra até o metrô e de lá, mamão com açúcar, disparamos para a estação Agua Salud. Dose foi subir a ladeira aqui da rua da casa da Sra Kety, mas depois de um dia de viagem chegamos sãos e salvos.
Sra Kety nos preparou um delicioso jantar (não via o Hugo comer assim há um bom tempo... inclusive, tadinho, a esta altura ele já emagreceu uns 3 kg porque simplesmente detestou a comida daqui). Ficamos horas tomando uma cerveja e conversando com Sra Kety e William. Depois fomos dormir porque no dia seguinte seguiríamos rumo a Isla Margarita – literalmente no outro extremo de onde vínhamos (estávamos no extremo oeste e íamos para o leste agora). 

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