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Depois de 26 grupos de 365 ou 364 dias, ele virou: Um apaixonado por música, áudio, estúdios e afins... Um fã de Dream Theater, Metallica e diversas outras bandas, gêneros, músicos... Quer saber mais? Compre uma cerveja e leve-o para uma conversa.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Avenidas, Paulistas, Pivetes e afins...

Bem, como era muito bem sabido por muitos, após 11 anos o Metallica estava de volta ao Brasil, e por conta da desvalorização do Rio de Janeiro, muitos fãs como eu tiveram que viajar para São Paulo para ver os titãs do Thrash Metal.

Minha saga começou na última sexta-feira (29/01/10) às 19:03, a partir do momento que saio da gravadora e vou para casa, fazer uma horinha, comer algo, falar com minha princesa, pegar uma muda de roupa e partir para a Novo Rio, com destino ao centro econômico e cultural do país.

Pego um 179 (Linha-amarela), ouvindo em alto e bom som um Muse, Transatlantic e afins...
Até que chego na totalmente reformada e diferente rodoviária. 

Talvez não exista um lugar mais plural e "comédia" que uma rodoviária de metrópole: Pessoas de todos os lugares, de todos os tipos e com todo tipo de coisa "no lombo".
Logo de cara tomo um susto com um casal aparentando pobreza, com mais de 10 sacolas, malas, comida nas mãos e?? UM CACHORRO o.O! Seria possível aquilo? Tomei conhecimento que sim, depois de uma mini-saga que ultrapassei minutos depois.

Entro em uma totalmente reformada rodoviária, com cara literalmente de um shopping center a lá BarraShopping e afins... Bob's, livrarias modernas, mesas e cadeiras em um lugar com ar de uma praça de alimentação... Bons frutos talvez da Copa e das Olímpiadas, quem sabe...

Eram 23:21 quando chego na fila da Viação 1001. Já tinha tudo anotado e o ônibus que pegaria seria o das 23:59. Teria tempo suficiente para tomar pelo menos uma religiosa cervejinha de sexta-feira, fumar um cigarro, curtir minha solidão e depois entrar no ônibus... Ledo engano.
Quando chego ao guichê, simplesmente o ônibus que iria, estava lotado! O QUÊÊÊÊ???
Olho rapidamente para o relógio que marcava 23:33 (mais ou menos) e pego o papel onde havia anotado todos os horários possíveis de ônibus (Não comprei pela internet com medo de justamente chegar atrasado, enfrentar algum impecílio ou coisas afins.) e das três opções só havia uma: Viação Cometa, ônibus Convencional AR 23:35!!!

Não titubiei e sai correndo ao léu, procurando um guichê da Cometa, que por sorte, era praticamente ao lado.
Chego furando fila, pedindo licença e explico a situação. Compro a passagem num ato impulsivo e quando olho para um relógio rodoviária, vejo assustado: 23:36

Saio correndo, imaginando a cena "RUN FOREST, RRRUUUNNN"
Tinha que achar o setor de embarque número 62,63,64 dentro de um lugar totalmente novo. RUUUNNN!!

Como acho o setor?? Vendo um ônibus da Cometa indo embora...
Liguei o turbo super-mega-hiper tunado e saio gritando: "ESPERAAAA, ESPERRAAAAA". Imagino se faço isso dentro de um aeroporto dos EUA...
Fora isso, tudo normal: O ônibus para, o motorista desce, com muita gentileza me atende e entro... até que?

Vejo que estou sentado ao lado de um paulista, gordo e metido a besta.
Por que existem pessoas (especialmente um pouco mais avantajadas nos abdomens) que não se ligam em se ajeitar no momento que alguém vai sentar ao seu lado?
Comigo não tem vez: Empurro, me ajeito, finjo pegar coisas dentro da mochila, arrumo minha blusa mil vezes, só pra se tocarem e se sentirem incomodadas como eu estava...
Bem, não posso dizer que dessa vez deu certo, mas que eu não deixei o desgramado dormir por um bom tempo, disso não posso reclamar. Doce o sabor da vingança contra o mal-educado...

Dormi um pouco, até que chego em Itatiaia, a única parada da viagem.
Por que estabelecimentos e vendedores vêem a falta de opção como proporção para seus preços?
Sejam estádios, casas de shows ou paradas de ônibus, só faltam te pedir "Por gentileza, seu olho por favor" ao pedir uma Coca-cola ou algo para comer!
Coca-cola por R$ 3,50, Negresco por R$ 5,50, salgado por R$ 3,90... Melhor dormir mais um pouco e depois comer...
Nada como sentir um pouco mais a maldita solidão de viajar só!!!

Exatamente às 05:54 chego no terminal Tietê, SP.
A cidade não pára! Uma rodoviária lotada, com todo tipo de gente, de todos os lugares, indo para tudo quanto é lugar e etc... Tomo logo conhecimento que o começo do meu blog está certo. Várias pessoas com camisas do Metallica, saindo dos ônibus. Vi até gente saindo de um ônibus marcando ACRE. (Nem sabia que existia coisa lá, para minha era a Terra do Nunca...).

Pego ônibus e vejo novamente que a cidade é 24 horas funcionando. 6 da manhã e vagões de metrô lotados!
Engraçado ver a diferença das linhas. Como a linha do Tietê é mais para o povão, os carros são simples, gastos e sem muito conforto.
Como eu iria para uma parte mais nobre da cidade (Av. Paulista/Consolação), tive que fazer uma baldiação e entrei na linha 2. Que outro nível das estações e dos vagões... Muito mais vazio, confortável, limpo e etc...

Saio da estação como um turista, me encontrando em plena Avenida Paulista, a Wall Street brasileira. Avenida larga, limpa de certa forma, um nível totalmente diferente e superior a nossa Rio Branco.
Admito que fiquei um pouco deslumbrado.
Os primeiros prédios que vislumbro, o Caesar Business e o prédio SAFRA são imponentes e nos passam a seguinte mensagem: Aqui nessa avenida que se passa o dinheiro do país!

O céu começava a clarear e ainda via pessoas saindo das "baladas", com jeitos e aparência alternativas, outras roqueiras... Realmente: SP é plural!

Até que vou perguntar para um transeunte sobre como chegaria a tal Avenida Angélica.
Tenho que fazer a barba, cortar o cabelo e parecer mais gentil, pois simplesmente o cara se afasta de mim, demonstrando medo, falando "não, não, não"... Caio na gargalhada! Fiquei imaginando por alguns segundos se eu dou uma de maluco e começo a correr e gritar! O cara infartaria! E junto a mim, um outro pedestre também ri.
Me aproximo, comento sobre e recebo a informação necessária.

Parece que falam tanto do nosso Rio de Janeiro, mas SP parece estar mais assustado com a violência. Talvez seja a ausência da natureza, praia e etc para descontrair...

Ando (vocês verão que essa foi a minha sina e a de Fernandinho) até o lugar, e então tenho que aguardar um pouco.

Podem achar esquisito, mas a minha companhia durante alguns minutos foram dois pivetes de rua, muito bem humorados, pedindo esmolas com um sotaque carregadíssimo de paulista e eu rindo do medo dos outros quando abordados, "sacô truta"?

Entro no apartamento e é assim que acaba minha sexta-feira: Ao sábado, cerca de 07 da matina....

Bem, amanhã conto sobre o dia que mais andei na minha vida...

Um comentário:

  1. Hahahaha, sensacional!
    Mas é isso o que eu mais amo em você: essa cara de maaaaau, imponente!
    Amo-te profundamente!!!

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