O dia de conhecer uma rua musical, reecontrar uma galeria do mal e ainda andar que nem um animal...

Bem, hoje, antes de começar a me aventurar em mais um dia na gravadora, tentarei escrever rapidamente o segundo dia em SP, antes que meu HD seja reformatado e reinstalado um novo Windows ou OSX...

Como terminei de escrever ontem, minha Sexta-feira passada acabou no Sábado de manhã, que começou depois de 4 horas de sono...

Fernandinho e eu dormimos rapidamente com tudo já planejado: Eu iria finalmente conhecer a famosa Teodoro Sampaio (rua só de lojas de música), iríamos na Galeria do Rock e depois conhecer o famoso Blackmore Rock Bar. Só não saberíamos que teríamos que andar muito atrás de nosso objetivo...

Acordamos de uma forma muito engraçada, conforme Fernando me contou: Ele me chamou e eu meio sonâmbulo respondi "Tá falando comigo cara? Tá falando comigo????". Quem eu deveria estar vendo mais dentro do recinto para perguntar se era comigo mesmo que ele estava falando? HAHAHAHAHAHAHA!! Coisas de bêbados, seja de cerveja, seja de sono.

Acordamos e fui apresentado ao Heitor, músico de Três Pontas, gente boníssima e solícita.

Ele rapidamente nos explicou como iríamos andando até a Teodoro Sampaio e então começamos nossa saga:

Primeiro tínhamos que encontrar um lugar para comer e depois andar até a famosa rua musical...

E lá fomos nós. Depois de cerca de 40 minutos andando e comendo, chegamos ao nosso objetivo. E que coisa de doido! Uma ladeira louca, com lojas e galerias de instrumentos para todos os lados!!! Eram lojas de bateria, baixos, guitarras e tudo o que tinha direito! Um paraíso e inferno ao mesmo tempo, capaz encher nossos olhos mas ao mesmo tempo esvaziar nossos bolsos ou corações...

Ponto negativo: Não havia uma loja especializada em equipamentos de áudios. É basicamente uma rua de instrumentos... Uma pena...

Uma coisa muito interessante é que encontramos umas guitarras que são envelhecidas e reformadas, feitas por artesãos. Eles pegarm guitarras novas e fazem um trabalho de arte, dando-as aparência de velha, trocando os circuitos para os da década de 60's e 70's com o som da época, ótima para estusiastas e vintages. Só basta eles terem R$ 20.000,00 para investir!

Com grande sorte e entusiasmo achamos na mesma rua um camelô, desses que tem aqui no Rio, vendendo DVDs. A única diferença é que não se tratavam de filmes, pornôs ou jogos de Playstation.

Era somente vídeo-aulas e shows de Rock, Jazz, Blues, Instrumental, Fusion e tudo o mais que puder vir em nossas imaginações!!!

Achei o DVD de Mike Portnoy "Black Clouds and Silver Drumming"!!! Por apenas R$ 15,00 levei o tão procurado DVD por mim há quase um ano! Primeira vitória!!!

Logo depois voltamos para casa, falando com nosso amigo Tico por telefone, que vivia o dilema: "Ir ao Metallica ou não ir? Eis a questão!" - Resumindo: Ele não foi....

Saímos Fernandinho e eu da Teodoro, entre muitas conversas, risos e reflexões sobre tudo que estamos passando ultimamente, e logo já estávamos dentro de um ônibus indo para o centro da cidade, indo visitar a Galeria do Rock...

E que lugar esquisito, ainda mais por ser dia de show do Metallica!! Cada espécie em extinção que aparece e assusta! Roqueiro é num tipo de pessoa muito devota à música e bandas, mas também devota em ser cada vez mais esquisito e ridículo para se mostrar...

Mudando de assunto: Imaginem a Galeria do Rock como um puteiro - Você pode ir lá com o intuito somente de ver e apreciar, mas tem que ter muita força para não cair na tentação e gastar dinheiro!

Eu não me contive: Saldo = 1 CD do Transatlantic, 1 CD do Muse, 1 camisa do Metallica! Dinheiro muito bem gasto!!!

 

Rodamos bastante procurando CDs do Karmakanic e do Freak Kitchen, escutamos Mastodon, procuramos DVDs do Vai e do Bonamassa, além de encontrar lojas magníficas de CDs e DVDs!

Realmente é muito legal para quem curte gêneros assim!

Até que voltamos, com o intuito de ligar para o Blackmore, pegar as coordenadas e sair fora para conhecer o famoso lugar.

Até aí, tudo bem. Voltamos para casa, almoçamos uma bela lasanha de espinafre, conversei brevemente com a razão do meu viver e nos preparamos para ligar para o Blackmore. Nada de atenderem...

Então, com o tempo nada acabou acontecendo, até que desistimos e decidimos ir para um bar mais tranquilo, numa tal Rua Fradique Coutinho.

Entramos no Googlemaps,  pegamos o número do ônibus e saímos sem saber da saga que teríamos que enfrentar! Só sabíamos que deveríamos descer uns dois pontos depois do Cemitério São Paulo!

Frase da noite: "A ignorânica é uma benção"

Fomos até o ponto que achávamos ser o certo e esperamos, esperamos, esperamos, e nada de passar ônibus. Até que Fernandinho vai pedir informação para uma garota que logo de cara diz que não sabe... Tadinha, a patética devia estar achando que um ponto de ônibus é uma boate onde todos chegam em todos...

Há três tipos de mulheres:

1 - A gata que não sabe ou não liga em ser maravilhosa, então logo é simpática e muitas vezes julgada;

2 - A gata que sabe que é maravilhosa, logo esnoba e pisa em todos só de sacanagem;

3 - E finalmente a feia: Sabe que não é gata, é revoltada por isso e quando tem um sinal de que é desejada, faz o papel da número 2, mesmo sem poder... Ou seja: Mulher feia e mal-amada, nem o diabo encara!

Voltamos à saga, fomos para um outro ponto e decidimos abandonar a ideia do Googlemaps. Pegamos um ônibus e perguntamos "Vai para a Vila Madalena?" "Sim" "Ótimo, então pode nos avisar quando descer?" "Sim" "Brigado!"!!

Tínhamos noção que estávamos indo para uma direção similar a da Teodoro Sampaio que havíamos visitado mais cedo. E então o ônibus segue reto, ignorando o senhor Teodoro... E segue, e segue, e segue: "Ei, não esqueceu dagente não né?" "Não, pode deixar, você vão ficar na estação do metro?" "Não sei, vamos para a Fradique Coutinho." "HÃ??????"

Saldo: Estávamos FU! Tínhamos falado A e o cara entendido B.

Resumindo: Saímos ao léu, sem informações, caçando uma rua e um cemitério, que eram nossas únicas referências! E como andamos!! Lugares ermos, vazios... Não fazíamos a mínima onde estávamos e para onde íamos. Poderíamos estar em uma Malmö como poderíamos estar em uma Faixa de Gaza...

Pois é, a ignorância é uma benção!

Resumindo: Depois de cerca de 1 hora andando, encontramos o bendito cemitério, passando por uma portinhola que quando passei, arrepiei todo e se saísse dali um respiro, correria que nem um condenado.

E depois de mais uns 40 minutos, encontramos um barzinho afastado e calmo, para botar o papo em dia.

Conversamos por volta de mais 1 horinha e decidimos voltar: Amanhã teríamos que estar descansados para o grande dia com os grandes!

Voltamos e nos deparamos com ônibus e fãs voltando do Metallica, somente com sorrisos nos rostos, sentíamos a sensação de extase nas pessoas. Mais um ponto e uma animação!!!!

Amanhã seríamos nós!!!!!

Realmente: A ignorância é uma benção!

E amanhã conto como foi....